Poucas Reflexões
Nesse exato momento, vivo um misto de sensações, em que várias imagens passam em minha mente, de situações felizes de um vídeo que acabei de ver em meu perfil do Facebook, onde um pai tenta tirar seu filho que inexplicavelmente passou sua cabeça pela grade de uma escada. De várias tentativas sem sucesso de tirar a criança daquela situação, o garoto surpreende seu pai, fazendo o inverso, passando completamente seu corpo pela grade e sai sorrindo, aquele sorriso sapeca de quem deu um belo susto em seu pai.
Mas vem também uma sensação de tristeza, regada de lembranças de perdas sangrentas, daqueles que por anos estiveram ao meu lado, desde criança, e que unidos criaram um mundo próprio cheio de magia e amor, onde mesmo estando em nossos limites, éramos livres para voar, conquistar e duelar, em qualquer situação.
Essa sensação incômoda, que surge em curtos momentos de ociosidade, vem do refletir da vida, que agora me prega as lembranças por estar presente aqui, alguém que recentemente também sofreu sua grande perda.
Tudo era tão simples e suave antes que tudo surgisse em sua frente. Você, abraçado à inocência, para não dizer ignorância, acredita que tudo é encantador. A curiosidade por tudo ao seu redor faz de você um ser livre, apenas a explorar suas ideias e interesses.
Mas, a vida é a maior universidade que nos impõe provas e regras para as quais jamais esperamos estar prontos para receber tal tarefa. Agora, estando em nossas mãos, nos cabe apenas concluir aquilo que nos foi proposto. A vida não nos tem misericórdia, temos que aprender e aprender, custe o que custar, e se nos considerarmos incapazes de agir, infelizes são aqueles que se lançam ao medo dominante, enclausurados em uma camisa de força, que prende suas almas. E a estes condenados cegos, só pensam na pior e mais angustiante decisão. Coitados são estes que desacreditam em suas forças e vontades de viver.
Não sou nenhum filósofo e muito menos quero ser. Já considero minha vida um grande pesar, mas essa é a única que tenho, e dela jamais desisto.
Confesso que tenho um pensamento egoísta, desejando que eu fosse diferente de todos, que eu fosse desprovido de certos desejos e anseios, pois carregar nas costas algo que excede minhas forças, gera tão dura dor na alma, que faz da dúvida, minha grande companheira, onde estamos diante um do outro, nos olhares penetrantes, a me deixar definir sua forma, sua cor, e sua beleza.
Um texto assim, tão cheio de sinais que muitos interpretam um torpor na alma, deixa claro que momentos presentes não são dignos de flores e amores. Mas, deixo uma grande certeza, nada é para sempre, ou mesmo jamais dura o tempo todo, e mudanças sempre existem, para que cada lado de um prisma, suas cores e luzes podem mostrar que acima de tudo, a vida é por demais maravilhosa.
Posso estar abatido, mas nunca derrotado. Posso estar fraco, mas jamais vencido. Tenho a máxima certeza de que vencerei, diante dos imensos obstáculos que ofuscam minha visão, não me permitem ver e crer. Mas está dentro de mim a decisão de continuar ou parar, e essa última palavra eu rejeito, com todas as forças que há em mim.
Um futuro breve e promissor acredito que está em minha mão, e para que tudo seja da melhor maneira possível, darei o meu melhor. Claro que para tudo isso, tenho que ir atrás de conhecimento, de informações e acima de tudo, aprender.
Eu quero muito poder vencer tudo isso, por mais difícil que seja, irei em frente.