Alma
Realmente, não é nada fácil acordar cedo quando estamos aquecidos, protegidos de uma noite fria que mais promove sono do que despertar.
Mas, hoje é um novo dia e, no entanto, temos que estar preparados para nossas batalhas.
Depois de quase um ano, terminei hoje de ler “O Senhor dos Anéis”, mais de 1.150 páginas dessa obra maravilhosa de Tolkien que amo de paixão. Foi quase um ano, não porque leio muito devagar, mas sim porque houve um tempo, em dezembro passado, que o livro não estava em minhas mãos. Emprestei a um amigo, na chance de conseguir um autógrafo do ator britânico John Rhys-Davies que participou da Comic Con Experience. Ele interpretou o corajoso e bravo anão Gimli, com seu pesado machado, por isso, desejei que ele autografasse esse livro, mas infelizmente não deu certo. Acredito que esse ano irei novamente levar este livro para o mesmo evento, pois virá o ator Karl Urban que fez o personagem Eomer, na obra de J. R. R. Tolkien. Espero dessa vez conseguir.
Comecei a ler hoje um novo livro. “Stanislavski”, escrito também por um grande amigo meu. Esse amigo, que é diretor teatral, de novela e cinema, escritor, dramaturgo, ator, jornalista, e tem o seu nome registrado no banco de dados de filmes na internet, enfim, um currículo forte e carregado. Pelo fato de eu amar intensamente o cinema, tê-lo por perto é mais que ter um professor na arte cênica. Claro, tenho muito o que aprender, e a cada passo que eu der, quero cada vez mais estar envolvido com a sétima arte.
Na vida nada é fácil. Temos que ir atrás de nossas conquistas, e realizar nossos sonhos. Conhecimento é sempre bem vindo e quando chegarmos ao fim de nossas vidas, teremos a certeza de termos plantado sabedoria para aqueles que continuam a caminhar e, assim, nada é por acaso, e nas imensas telas da vida, juntamente com uma linda trilha sonora, assistimos amores e encantos de mais uma obra concluída.
Eu amo a vida, mesmo ela sendo na maioria das vezes injusta. Sei que reclamar não traz conforto, aliás, um certo incômodo se faz presente quando estamos ausentes de nossas responsabilidades. É difícil lutar, erguer a espada quando nos sentimos feridos na alma. Aliás, o que vem a ser a alma? Sim, nosso corpo é apenas a casca que sustenta o que realmente somos. É em nossa alma que somos superiores, que somos além do que acreditamos ser, e é justamente por essa carne que temos, que nossas almas são aprisionadas em um mundo de duras provas, na oportunidade de promovermos apenas o bem que há em nós.
Somos muitas vezes contaminados por emoções impensáveis, agimos de maneiras incorretas, justamente com aqueles que não merecem desaforo. Mas somos capazes de evitar tudo isso, e quando estamos perto de amigos, não nos custa nada ofertar-lhes um caloroso abraço.
Essas são cenas de um filme que se passa em minha mente, misturadas em épocas distantes e presentes, onde a saudade daquilo que jamais vivi se torna tão intensa, que parece que estou dentro de uma máquina do tempo. Eu gostaria muito que essa máquina existisse, pois eu seria aquele que viveria gerações e séculos, onde o tempo seria apenas meu guia, não permitindo que eu mudasse o rumo da história, e sendo eu a testemunha de tudo aquilo que somos, estando agora aqui, escrevendo este texto, tenho apenas poucas palavras para expressar tão imensa emoção que não cabe em um pequeno coração que é o meu.
O amor à vida é assim, há dias em queremos nos esconder de tudo, mas há sim aqueles momentos marcantes, onde estamos soltos, livres da agonia que nos assola, que quebra nossa razão, e nos destrói por completo.
Eu quero poder te abraçar agora, feche os olhos, sinta o nosso calor nos envolver, esqueça o que há lá fora por um instante, e tenha a certeza de que você não está só.
Eu amo você.