Um sonho
Durante essa madrugada, entre 5h00 ou 6h30 da manhã, tive um sonho que, até o momento, guardo fresco em minha mente. Acho interessante compartilhar algo de meus devaneios noturnos, onde a sensação que fica é a de realmente estar vivendo aquilo.
Não se trata de um sonho de medo, ou de terror, mas fico pensando: o que é? Que mensagens este sonho poderia me trazer? Ou se não passa de um mero sonho.
Em um grande quarto, onde em anos remotos havia eu e mais seis amiguinhos meus, no sonho só havia dois, eu e a Eliana. Estava um dia bonito, ensolarado, e na verdade não sabíamos o porquê estávamos ali, naquele quarto que somente nos traz saudades.
Nós dois, deitados em nossas camas, reparamos ao longe um armário branco. Ficamos surpresos por ele estar ali, pois o que tínhamos como certeza é que nesse armário guardávamos coisas de nossas lembranças, mas não somente de nós dois, e sim de todos os sete.
Tivemos a curiosidade de saber o que poderia haver dentro dele e, sem nenhuma explicação, consegui alcançar o armário e trazê-lo para perto de mim. Abri suas portas e havia várias coisas dentro.
O primeiro objeto que peguei, que era o mais claro que pude ver, foi uma caixa, não muito grande, de cor roxa e bordas amarelas. Na frente dessa caixa havia um plástico transparente através do qual dava para ver um brinquedo que havia dentro dela. Esse brinquedo, não saberia ao certo dizer, mas parecia uma foca de plástico, da mesma cor da caixa, roxa, e detalhes em amarelo. Seria um desses brinquedos em miniatura, para apenas deixar exposto em um lugar qualquer. Ao mesmo tempo que digo ser uma foca, havia patas, e esse bichinho expressava um sorriso e estava preso a uma base de plástico redonda. A posição que este bichinho estava era como se fosse equilibrar um bola em suas patas, mas não havia essa bola. Tudo era de um plástico brilhoso e bonito. Observei bem a caixa e estava lacrada. Perguntei para a Eliana se eu poderia ficar com aquele brinquedo para a minha coleção e ela disse que sim. Assim, disse que a manteria fechada e lacrada.
Voltamos para aquele armário em busca de mais coisas e encontramos objetos de nosso passado. Cartões, caixas de papel com colas dentro, tudo e um pouco mais daquilo que eu e ela fazíamos, juntamente com os outros nossos cinco irmãos.
Era nítido que aquele armário ficou fechado durante anos e, de repente, encontrei dentro dele, um saco de pão francês. Olhei surpreso para a Eliana e mostrei a ela, e ficamos pensando se aqueles pães ainda estavam bons para comer, uma vez que as cores desses pães estavam bonitas, como se fossem frescos. Havia uns dez pãezinhos, e quando apertei um para ver sua maciez, estava completamente duro como cimento.
Bem, eu gostaria de chegar à alguma conclusão sobre esse sonho, mas, de repente, eu despertei. Quando olhei para o relógio, era pouco mais de 07h15. Foi então que, nesse momento, com este sonho ainda presente, resolvi que eu deveria escrever sobre ele.
Sonhos são assim, não tem pé nem cabeça, mas nos marcam, nos fazem refletir, e quando são bons, nos fazem querer vivê-los intensamente.